Os primeiros passos no convívio social pedem atenção especial de pais e educadores.
As brincadeiras de roda são lembranças típicas da infância: todos de mãos dadas, cantando, criando um ritmo comum e realizando uma verdadeira dança coletiva. Já nessa época da vida, a criança começa a perceber que é um ser social - uma ciranda solitária seria impossível - e que lidar com o outro exige afinação, escolhas, capacidade de perceber e de se comunicar.
Quando nascem, os pequenos já têm esperando por eles os primeiros membros de sua ciranda social: seus pais, parentes e seus amigos. O núcleo familiar será seu primeiro grupo social e permitirá que a criança comece a lidar com diferenças e necessidades alheias, a respeitar limites e exercitar uma série de outras habilidades no convívio humano.
Essa vivência familiar prepara, aos poucos, a garotada para conviver com as outras crianças, que virão de famílias com histórias, hábitos e tradições diferentes das suas.
Lições de convívio
"Os pais devem possibilitar e estimular que seus filhos, desde cedo, convivam com outras crianças. É valioso que compreendam a importância de promover a socialização, pois essa prática facilitará a inserção de seus filhos em todos os grupos que eles encontrarem ao longo da vida", explica a psicóloga Juliana Amaral*.
Os pais precisam estar por perto quando as primeiras interações do pequeno com seus amiguinhos acontecem, seja na pracinha perto de casa, no clube ou em visitas à casa de parentes, amigos e vizinhos.
Desde os primeiros contatos de seu filho com outras crianças, os pais têm de ensinar conceitos simples, como a necessidade de dividir, esperar, respeitar a vontade das pessoas, entre outros.
Na escola, atenção às reações
Quando a criança entra na escola e passa a conviver assiduamente com um grupo maior, pais e educadores precisam acompanhar atentamente as reações do pequeno.
Isso porque a maneira como ele se relaciona com os coleguinhas poderá revelar seu atual estado emocional. Por exemplo, timidez excessiva ou agressividade podem ser sinais de que há alguma dificuldade interna."
É importante que o adulto esteja atento ao comportamento da criança. Muitas vezes, não estar conseguindo se relacionar socialmente pode ser o resultado de grandes dificuldades internas. Se depois de algumas tentativas não houver mudanças, é necessário buscar uma orientação profissional", diz a psicóloga.
É convivendo com os amiguinhos que as crianças aprendem a respeitar e a lidar com as diferenças de comportamento. Cada um com a sua ciranda, começa aí a árdua e deliciosa tarefa de conviver com o outro, um aprendizado que será lapidado durante a vida inteira.
* Sandra Baccara é Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília e Professora Adjunta do UNICEUB (Centro Universitário de Brasília). Fonte: Nestlé faz Bem.
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